As tecnologias digitais estão gradualmente integrando nossos corpos e territórios. Terminologias como Identificação Biométrica, Cidades Inteligentes, Big Data, A.I, Internet das Coisas e Reconhecimento Facial estão gradualmente aparecendo em discursos públicos como “soluções inovadoras” para melhorar os serviços públicos e a segurança nacional. Mas elas também podem representar uma ameaça significativa à privacidade dos cidadãos, à liberdade de expressão e ao direito de associação, e até mesmo nos tornar vulneráveis a ataques cibernéticos. Como podemos caminhar livremente em um território vigiado por empresas e governos? Como todas essas novas tecnologias estão mudando nossas relações com nossos corpos e territórios? Quem está extraindo os dados que produzimos nessas relações? Quem lucra com isso? Quem é excluído ou mais exposto? Estamos reafirmando as relações coloniais disfarçadas de inovação? As cidades inteligentes são realmente destinadas a serem alimentadas por conflitos socioambientais, colonialismo digital e lixo?
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