Com o aumento da digitalização, que também foi particularmente acelerada durante a pandemia de COVID-19, também observamos um aumento da violência online com graves consequências para as atividades offline de ativistas de direitos humanos. No Brasil, esse cenário é ainda mais desafiador considerando a ascensão de grupos de extrema-direita que entendem de tecnologia e usam ambientes digitais como campos de batalha, atacando mulheres, pessoas LGBTQIA, ativistas negros, defensores dos direitos sexuais e reprodutivos, defensores da terra, ativistas de favelas e outras comunidades que questionam o status quo da heteronormatividade masculina cis branca da sociedade capitalista dominante. Essa tendência, alinhada ao modelo de negócios das principais plataformas de mídia social, focada em transformar ódio em lucro, resulta em ambientes digitais propensos à violência política de gênero, ódio, ameaças e desinformação. Nessa área, focamos em acompanhar as manifestações emergentes de violências digitais e fomentar uma visão tecnopolítica e crítica das ferramentas que usamos para nosso ativismo diário, para que possamos ter um uso mais cuidadoso e estratégico delas e, gradualmente, passar a apoiar infraestruturas feministas.
#cibersegurança#consentimento#privacidadeMobilizadas pelo desejo de compartilhar as reflexões e as alternativas para a construção de práticas mais saudáveis no uso das...