O Oráculo é um baralho de cartas utilizado em workshops como ferramenta para futuros especulativos e tecnologias incorporadas com valores transfeministas

Ao longo da história, os seres humanos têm utilizado uma grande variedade de procedimentos de adivinhação – como os baralhos de tarot – como tecnologias para compreender o presente e remodelar os nossos destinos. O Oráculo foi feito para especular outras tecnologias a partir de visões transfeministas, antirracistas e decoloniais.

O Oráculo é um espaço que fornece ferramentas para permitir um brainstorming coletivo sobre imaginários alternativos em torno das tecnologias. Há provas substanciais de que a maioria dos algoritmos que comandam as nossas interações digitais são tendenciosos, particularmente no sentido de reproduzir aquilo a que a acadêmica feminista negra Patricia Hill Collins chama de matriz da dominação (capitalismo, heteropatriarcado, supremacia branca e colonialismo). Em outras palavras, a tecnologia é atualmente concebida de forma a ajudar a manter o status quo da desigualdade social e as normas da sociedade capitalista, misógina, racista, capacitista, binarista de gênero e heteropatriarcal.

Como seria o futuro se conseguíssemos hackear esta tendência? A sabedoria do oráculo, incorporada em valores transfeministas, pode nos ajudar a prever um futuro em que as tecnologias são concebidas por pessoas que são frequentemente excluídas ou que são alvo das tecnologias no mundo atual.

Este projeto foi desenvolvido em parceria entre a Design Justice Network e a Coding Rights, através das pesquisadoras Sasha Costanza-Chock e Joana Varon, e design e ilustrações da Clarote.

Consulte a plataforma aqui.