Sua filha adolescente vai engravidar. Você imagina ouvir isso de uma inteligência artificial? E se a gente te contar que algo parecido já está acontecendo? “Prever” gravidez na adolescência foi um dos objetivo de uma inteligência artificial desenvolvida pela Microsoft para o governo da cidade de Salta, na Argentina. E um projeto piloto desastroso que, ainda assim, foi exportado para o Brasil em uma parceria da empresa com o Ministério da Cidadania, que fez testes desse sistema em Campina Grande, na Paraíba. Osmar Terra(planista), ministro da época, predizendo o futuro de jovens e adolescentes, que tal?

Mas será que uma I.A. pode mesmo prever nosso futuro? Queremos uma I.A. que se diz capaz de prever coisas sobre nossas vidas interfira em decisões de políticas públicas? Quais vidas seriam mais afetadas se essa tendência se expande?

Para problematizar tudo isso, a Joana Varon vai puxar uma conversa com Fernanda Campagnucci (Open Knowledge Brasil), Aline Ribeiro (Frente Estadual pelo Desencarceramento do Amazonas) e Natália Viana (Observatório de Favelas) para marcar o lançamento da plataforma “Que inteligencia? e da zine “Porque I.A. é uma questão feminista?”, inspirada na plataforma e nos debates de uma oficina com o mesmo nome que contou com a facilitação de Nanda Monteiro, Thiane Neves e Joana Varon, com apoio da Fundação Heinrich Böll Brasil.

A conversa também foi transformada em um episódio de podcast da série #PrivacyIsGlobal (Privacidade é global), desenvolvida pela Internews/ADAPT O site Que inteligência? é a versão atualizada e traduzida do notmy.ai, pesquisa realizada por Paz Pena e Joana Varon, com design e ilustrações de Clarote e desenvolvimento web de Diana Cury, com apoio da Feminist Internet Research Network (FIRN)Ou seja, muuuuuuuita mulher inspiradora pensando sobre tudo isso.

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